sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Metáfora do barco



Amyr Klink atravessou o Atlântico na década de 80. A remo. Eu sei, você deve estar pensando que é impossível um camarada atravessar milhares de quilômetros apenas com um par de remos, mas sim, só ele, o céu, o mar e as baleias. Pois então acredite, porque está tudo relatado em seu livro “Cem dias entre o céu e o mar”.

Esse livro passa uma história muito mais profunda que uma simples aventura e a vejo como uma metáfora da vida, em que nossas vidas são os barcos, os remos são nossas ferramentas, os destinos são nossos objetivos e cada um de nós é o capitão do seu próprio barco.

O que achei mais interessante no livro foi o planejamento de toda a viagem, as soluções que Amyr encontrou para tornar seu sonho real e sua confiança e coragem em seu plano de navegação, porque obviamente eles passou por alguns momentos terríveis e outros fantásticos.

Realmente é admirável o trabalho de Klink, mas uma coisa fica muito clara desde o início: ele sabia onde queria chegar. Ele tinha um motivo e usou de sua motivação para alcançar as soluções através de muito estudo e trabalho e é isso o mais legal da metáfora: o que importa é onde queremos chegar, porque usar da inteligência e dedicação para encontrar o melhor caminho não adianta em nada se não temos nem uma noção do destino final.

Isso não quer dizer que não se pode mudar de destino ou rota, porque nossas vontades mudam e várias vezes as oportunidades aparecem e interferem no itinerário. Mas ao final das contas resta apenas uma coisa, ter pelo menos um destino em mente.

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