domingo, 5 de setembro de 2010

Disneylife


Sabe aquela sensação de nadar muito e morrer na praia? Pois é, parece que logo após uma fase sentimos que voltamos à estaca zero, tipo uma roda gigante, com altos e baixos e com a saída no mesmo lugar da entrada.

Mas a diferença entre entrar e sair, pela mesma porta, é imensa. Duas coisas são notadas e fazem a diferença, que são a experiência que foi vivenciada e a memória que ficou.

Esse papo de a História ser cíclica tem esse ar de repetição que não acredito condizer com a realidade, porque a cada segundo estamos mais experientes e mais vividos, seja pro bem ou para o mal, pois o inédito tem sua vez e valor.

Do ponto de vista da memória, seja ela positiva ou negativa, ela dá base para experimentar os outros brinquedos do parque, mesmo que em tom contrapontístico, comparando e julgando à partir de bases sólidas. Podemos escolher entre o romantismo da roda gigante e a emoção da montanha russa, e mesmo assim a história continua com essa visão cíclica, porque uma hora vamos embora do parque pela mesma porta.

Basicamente, a bagagem é que importa e o que vamos carregar para qualquer brinquedo e toda vez que formos a um brinquedo novo vamos sair diferentes de quando entramos.

3 comentários:

  1. O melhor brinquedo do parque é normalmente o primeiro que a gente vai ao chegar. Depois a gente sente a obrigação de ir em todos ou em grande parte deles, mas no fundo no fundo... o que a gente quer é mesmo aquele primeiro.

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  2. Na verdade a gte fica numa busca eterna pelo que já viveu, numa tentativa de viver de novo essas mesmas experiências. É claro, viver de novo a mesma coisa, mas com uma outra roupagem, num outro contexto; quem nunca chegou a um lugar e exclamou, maravilhado: "caramba, preciso voltar aqui de novo"! E, muitas vezes, esquecemos que "já estamos lá" e, nesse caso, buscamos reviver essas experiências numa tentavida de vivê-las em sua plenitude.

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  3. Sim, concordo. Mas acredito tbm que muitas vezes nos privamos de ter experiências completamente novas porque estamos muito focados no passado e numa lembrança. Enfim, o melhor é simplesmente ir em frente e deixar o acaso nos presentear, mas sempre antento às oportunidades.

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