segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O novo presente

O novo presente

Um dos grandes desafios da vida acredito que seja enfrentar tudo como passageiro, seja o tempo, os momentos, os sentimentos ou até mesmo o pulso, que todos sabemos que, invariavelmente, um dia pára.

O poder de mudar e reconstruir é algo que fica mais difícil quando se está feliz, ou pelo menos quando se está iludido, porque a mudança exige comprometimento, risco, experimentação e quebra de paradigmas aos quais já estamos acostumados.

Dentro desse contexto, os pensamentos mais loucos beiram a mente, seja para tentar pensar diferente ou simplesmente quebrar a rotina, com ou sem raiva, com ou sem medo. Fato é que nunca somos uma coisa só e quando o foco se perde, tudo pode acontecer.

Mas a vida continua e nos exige um mínimo de respeito e firmeza quando aceitamos a tristeza e aceitamos curtí-la por inteira, com todas as suas perdas e ganhos. Falo em ganhos porque assim nos tornamos mais fortes e é necessário muito mais força para nos derrubar.

E se ao final de tudo nos restar dignidade, nada mais justo do que desejar “seja feliz com o novo presente”, seja ele a solidão, a posteridade ou a simples saudade nostálgica de uma infância.

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