terça-feira, 12 de outubro de 2010

O novo X o verdadeiro


Com tanto material sendo produzido e divulgado na internet, nos livros e todas as formas de comunicação, fica cada vez mais difícil inovar e não há como negar que  como artista, bate um certo desespero.

Como entender o conceito de vanguarda num mundo volátil que corre a 200 por hora enquanto aprendo a ler o abecedário? Isso não é uma busca por abafar uma frustração, mas de simplesmente buscar a plenitude e consciência necessárias para um voo artístico direcionado e otimizado.

Ok, a improvisação é a alma de quase todas as inovações, mas se não houver certa racionalidade em algum momento do processo, vai ficar difícil evoluir do improviso a uma nova maneira de se produzir.

Quanto às referências, a cada dia aparecem mais e com certeza elas servem de fonte de inspiração de qualquer artista, mas já cansei de fazer o que o mundo contemporâneo faz com elas, simplesmente misturar tudo num caldeirão e transformar tudo em pratos de salada sem verdades implícitas, apenas inovadores no formato, mas não tão de acordo com um sentimento inicial motivador de qualquer obra.

Não resta, acho eu, mais nada a fazer senão apenas viver novas experiências tentando enxergar nelas novas maneiras de se ver o mundo, explicar os mesmos sentimentos com palavras novas, buscando encontrar verdades temporárias e autênticas e não formas novas de juntar partes em um Frankstein.

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